Editorial | Mário Lanznaster finda um ciclo

O empresário que desapareceu no último domingo, zera uma história iniciada em Aury Bodanese que, como ele é seu professor de cooperativismo, elevou o pensamento de cooperação ao maior nível de respeito.

Não se está colocando em xeque quem agora tem a responsabilidade de seguir em frente. Longe deste raciocínio. Mas a forma clara, transparente e envolvida que Aury e Mário imprimiram no setor, mostra um final que só não será percebido se a próxima presidência assim demonstrar.

Nem os dedos das mãos são iguais. Se Neivor Canton assumir como está sendo esperado, é possível que a trilha iniciada há 51 anos seja mantida.

O poder de decisão que uma empresa desta importância demonstra, pode fazer tudo que que desejar dentro dos moldes de permissão. Por isso, mais que assumir, é preciso manter.

Mário Lanznaster foi exemplo e guerreiro. Decidiu rumos com a precisão que hoje a Aurora demonstra. É um valente quadro do setor que pode influir em qualquer instância do meio rural. Com ela, é possível destinar rumos políticos e econômicos.

Mário nunca foi político. Nunca disputou uma eleição de rumo ideológico que fosse capaz de contaminar o pensamento cooperativista. Isso quer dizer que ele, um homem íntegro sem siglas partidárias, elevou a empresa às disputas de mercado e não de células de poder demonstrado.

O final chega para todos, mas quando diz respeito a uma empresa que move 100 mil famílias, a responsabilidade é manter este caminho. Quando política partidária misturar com o desejo dos cooperados, a empresa vai pagar um preço alto e, misturado a este pecado, tropeçar fatalmente.

Mário Lanznaster foi e será o mesmo exemplo que deu seguimento na pessoa de Aury Bodanese. Espera-se que o eu redor dele faça o mesmo.